O dia a dia de um daltônico no trânsito está longe de ser um caos cheio de obstáculos em preto e branco. O que poucos sabem é que quem sofre dessa disfunção — que provoca dificuldade na diferenciação de cores — pode enxergar obstáculos melhor do que uma pessoa sem problemas de visão. Isso porque os daltônicos aprendem a codificar as cores por meio de associações, já que nasceram assim. Por isso, o que realmente prejudica essas pessoas é a falta de padronização de semáforos, placas e do exame para tirar ou renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Eles também podem diferenciar cores que parecem iguais para o olho normal. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do tráfego e membro da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), tal característica garante maior reflexo para desviar de obstáculos com antecipação, o que evita acidente. “A primeira coisa é acabar com o conceito de que daltônico enxerga em preto e branco”, observa o especialista.
De acordo com o oftalmologista, hoje 15 milhões de brasileiros, na proporção de 20 homens para cada mulher, têm alteração congênita nos cones, as células da retina que permitem distinguir as cores. Segundo ele, estudos mostram que 75% dos daltônicos têm dificuldade para enxergar a cor verde (deuteranopia), 24% a cor vermelha (protanopia) e 1% a cor azul (tritanopia). O daltonismo também é chamado de discromatopsia ou discromopsia.
Como o daltônico trabalha com associação do nome da cor à tonalidade e contraste que vê, ele está apto a dirigir. “Pela resolução 80/98 do Código de Transito Brasileiro, ele precisa apenas saber reconhecer as cores vermelha, amarela e verde. E isso ele vai saber fazer, porque aprendeu a relacionar o nome com o tom que enxerga”, argumenta Queiroz Neto. “A única dificuldade que ele realmente têm é na hora de combinar as cores das peças de roupa na hora de se vestir”, diz.
No entanto, o médico explica que em muitos testes para tirar ou renovar a CNH as pessoas com a disfunção são reprovadas devido à metodologia utilizada. “O problema é que muitos candidatos à habilitação são submetidos ao teste de Ishihara, que serve para distinguir se a pessoa é ou não daltônica, e que tipo de daltonismo tem”, explica o especialista. O teste de Ishihara é formado por círculos coloridos com pontos em verde e laranja que formam números, letras ou desenhos. Os daltônicos não conseguem enxergar essas imagens. “O teste de visão de cores com luzes ou cartões coloridos já é suficiente para tirar a habilitação”, afirma.
Outro problema que os daltônicos enfrentam é a falta de padrão de semáforos e placas de uma cidade para outra. Para os daltônicos, o contraste é essencial para melhorar a visibilidade no trânsito. Placas com letras amarelas sobre verde e azul, comuns em pequenas cidades, se tornam invisíveis para daltônicos. As placas de obras, com fundo laranja e letras em preto também dificultam a identificação. “Para ajudar, a sinalização viária deveria ser feita com materiais reflexivos, que melhoram a visão noturna, e nas cores estabelecidas pela lei”, destaca o médico.
Eles também podem diferenciar cores que parecem iguais para o olho normal. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do tráfego e membro da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), tal característica garante maior reflexo para desviar de obstáculos com antecipação, o que evita acidente. “A primeira coisa é acabar com o conceito de que daltônico enxerga em preto e branco”, observa o especialista.
De acordo com o oftalmologista, hoje 15 milhões de brasileiros, na proporção de 20 homens para cada mulher, têm alteração congênita nos cones, as células da retina que permitem distinguir as cores. Segundo ele, estudos mostram que 75% dos daltônicos têm dificuldade para enxergar a cor verde (deuteranopia), 24% a cor vermelha (protanopia) e 1% a cor azul (tritanopia). O daltonismo também é chamado de discromatopsia ou discromopsia.
Como o daltônico trabalha com associação do nome da cor à tonalidade e contraste que vê, ele está apto a dirigir. “Pela resolução 80/98 do Código de Transito Brasileiro, ele precisa apenas saber reconhecer as cores vermelha, amarela e verde. E isso ele vai saber fazer, porque aprendeu a relacionar o nome com o tom que enxerga”, argumenta Queiroz Neto. “A única dificuldade que ele realmente têm é na hora de combinar as cores das peças de roupa na hora de se vestir”, diz.
No entanto, o médico explica que em muitos testes para tirar ou renovar a CNH as pessoas com a disfunção são reprovadas devido à metodologia utilizada. “O problema é que muitos candidatos à habilitação são submetidos ao teste de Ishihara, que serve para distinguir se a pessoa é ou não daltônica, e que tipo de daltonismo tem”, explica o especialista. O teste de Ishihara é formado por círculos coloridos com pontos em verde e laranja que formam números, letras ou desenhos. Os daltônicos não conseguem enxergar essas imagens. “O teste de visão de cores com luzes ou cartões coloridos já é suficiente para tirar a habilitação”, afirma.
Outro problema que os daltônicos enfrentam é a falta de padrão de semáforos e placas de uma cidade para outra. Para os daltônicos, o contraste é essencial para melhorar a visibilidade no trânsito. Placas com letras amarelas sobre verde e azul, comuns em pequenas cidades, se tornam invisíveis para daltônicos. As placas de obras, com fundo laranja e letras em preto também dificultam a identificação. “Para ajudar, a sinalização viária deveria ser feita com materiais reflexivos, que melhoram a visão noturna, e nas cores estabelecidas pela lei”, destaca o médico.